Caro Enorê,
Estive na UPA (deveriam mudar o nome já que de pronto atendimento não tem nada) de INOÃ, ontem, dia 05 de maio de 2013, por volta das 0800 da manhã em busca de atendimento, por suspeitar estar com Dengue.
Tolice minha, logo ao chegar me deparei com um bocado de lixo em torno de uma lixeira, próximo da rampa de entrada para pedestres. Pensei: será que o pessoal aqui não sabe que lugar de lixo é dentro da lixeira e que esse tem que ser retirado?
Decepcionado por já já chegar num hospital e ser recepcionado por lixo, continuei até a entrada da UPA, onde do lado de fora já tinham algumas pessoas com cara de sofrimento esperando atendimento.
Ao entrar na UPA, me deparei com umas 20 pessoas ou mais aguardando, me dirigi para a recepção onde prontamente uma jovem me atendeu: - Senhor, se não for uma coisa muito grave acho melhor voltar daqui a umas 05 horas quando possivelmente o médico já terá chegado, já terá realizado os primeiros atendimentos e estará mais vazio e atenderá o Senhor.
Respondi- Mas eu acho que estou com Dengue e queria fazer o exame pra ter certeza.
Atendente - Senhor, o médico nem sequer chegou. Quando chegar, só atenderá quem estiver muito grave. Por isso se fosse o Senhor e pudesse procurar outro lugar para ser atendido eu iria. E além do mais, do jeito que está hoje, não terá exames
Já conhecedor do Sistema de Saúde da cidade, desisti e procurei atendimento em Niterói.
No caminho fiquei pensando, quantas e quantas pessoas não estão passando mal, principalmente com Dengue e sonhando ter um atendimento imediato se dirigem para a UPA de INOÃ, jóia da coroa ESTADUAL e que com certeza trouxe muitos votos na última eleição, e ao chegar lá são dispensados dessa forma? Desses que procuram atendimento e são rechaçados como fui, quantos podem se deslocar ao município vizinho e procurar atendimento por lá?
Ficou, para mim, o aprendizado. UPA INOÃ nunca mais.
Francisco Neto
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