Secretário-geral do PT cobra investigação sobre Quaquá
- Executiva regional se reúne na próxima segunda-feira e deve discutir denúncia sobre prefeito de Maricá
BRASÍLIA — Secretário-geral do PT e candidato a presidente nacional do partido, o deputado Paulo Teixeira (SP) cobrou, nesta quinta-feira, que o diretório regional do Rio investigue se o prefeito de Maricá, Washington Quaquá, estaria usando a máquina da prefeitura para comprar votos e se eleger presidente estadual do partido, em novembro. Conforme revelou O GLOBO no domingo, Quaquá nomeou, desde abril, 78 filiados do PT de fora da cidade para cargos de confiança em sua administração, além de 54 petistas do próprio município, segundo cruzamento feito entre o Jornal Oficial de Maricá e os registros de filiação partidária do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
— É uma denúncia grave que o diretório estadual tem que apurar. Temos que ter um padrão disciplinar e exigir atitudes — afirmou Teixeira, que é da Mensagem ao Partido, a mesma corrente interna do presidente do diretório regional, Jorge Florêncio, candidato à reeleição.
A Executiva regional do PT se reúne na próxima segunda-feira e deve discutir o assunto. Parte dos militantes nomeados por Quaquá é de cidades próximas, como São Gonçalo, mas há petistas, por exemplo, de Laje do Muriaé, que fica a 300 km de Maricá; e de Itatiaia, a 220 km de distância. De quatro filiados ao PT provenientes de outras cidades procurados pelo GLOBO, três não são conhecidos no local de trabalho em que estão lotados.
Para Teixeira, há um racha na corrente majoritária do PT, a Construindo um Novo Brasil (CNB), que tem dois candidatos a presidente do diretório regional do Rio: Quaquá e a deputada federal Benedita da Silva.
— Há uma disputa dentro da CNB — disse Teixeira.
Presidente nacional do PT e candidato à reeleição, Rui Falcão não quis se pronunciar, até o momento, sobre a suposta compra de votos por parte do prefeito de Maricá. Já o prefeito afirmou que os militantes do PT nomeados para cargos de confiança em sua administração foram escolhidos por sua experiência profissional e que todos eles cumprem expediente. Dizendo-se “avesso a gabinetes”, o prefeito afirmou que alguns deles não são conhecidos no local em que estão lotados porque trabalham na rua. E para Quaquá, a estrutura da prefeitura, com 30 secretarias e 92 subsecretarias, não é inchada. Ele afirmou ser contra o “Estado mínimo”. Quaquá disse ainda ser vítima de fogo amigo, atribuindo as acusações a um grupo de dirigentes do PT fluminense que estaria interessado em boicotar sua candidatura à presidência do partido.
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