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sexta-feira, 1 de novembro de 2013

QUAQUÁ AGORA,DIVULGADO EM TODO O BRASIL PASSOU A SER F E D E R A L.... KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKCHUPA !!!

RJ: funcionário admite ter entrado em 




pista de aeroporto no dia de acidente



Acidente deixou duas pessoas mortas, depois que o avião caiu em uma lagoa. Pilotos dizem que vêm sendo intimidados por agentes da prefeitura.

O Ministério Público está investigando o fechamento de um aeroporto em Maricá, no litoral do Rio, e quer saber se a medida tem relação com a queda de um avião no município.
Pilotos dizem que vêm sendo intimidados por agentes da prefeitura, que impedem pousos e decolagens. A reportagem é de Eduardo Tchao e Felipe Wainer.
Um aeroporto que virou estacionamento de ônibus. Uma van impede a passagem das aeronaves para a pista. O portão principal está fechado e vigiado por guardas, que intimidam quem quer entrar na área. Esta é a situação atual do Aeroporto de Maricá, que virou alvo de uma briga entre pilotos e a prefeitura depois de dois acidentes.
O primeiro aconteceu no início de setembro. Um monomotor caiu sobre uma casa e matou um instrutor de vôo. No mesmo dia, o prefeito Washington Quáquá baixou um decreto fechando o aeroporto. O segundo acidente foi no dia 21 de outubro, quando duas pessoas morreram.
O Ministério Público investiga se a presença de carros na pista atrapalhou a tentativa de pouso da aeronave, que acabou caindo em uma lagoa. “Esse fator pode ter contribuído para o acidente. Falta a gente ligar o acidente à queda da aeronave, à necessidade de arremeter”, afirma o promotor Fabrício Rocha Bastos.
As autoridades também estão investigando uma gravação em que um funcionário da prefeitura admite que entrou na pista no dia da queda do avião. “Um avião entrou pela pista de terra, saiu e voou de novo. E nós fomos atrás. Entendeu? Agora, a gente está ficando correndo atrás de avião. Eu fui pelas minhas pernas. Eu tenho plena consciência do que a gente estava fazendo”, diz.
A área de disputa são quase 200 mil metros quadrados. A prefeitura de Maricá alega que todo o terreno faz parte do município, mas segundo o Código Brasileiro de Aeronáutica, o espaço de manobras e a pista pertencem à União.
Para os pilotos, o prefeito está agindo de maneira arbitrária e tem interesses que vão além da aviação. “Interesse comercial nessa área que já pertence às escolas de aviação, ao aeroclube há mais de 40 anos, e hoje tem um interesse comercial muito grande”, afirma André Almeida Monteiro, piloto e auditor do aeroclube.
Imagens feitas por um dos pilotos mostram o momento em que a pista foi invadida por dois carros da prefeitura pouco antes do pouso de um avião. Um funcionário diz que a área é da prefeitura e que o aeroporto está fechado para pousos e decolagens.
Em um documento, a prefeitura afirma que cabe a ela a exploração de toda a área destinada a pouso, decolagem e movimentação de aeronaves. Mas de acordo com o Código Brasileiro de Aeronáutica, “a operação e a exploração de aeroportos constituem atividade monopolizada da União, em todo o território nacional”.
Um piloto que tentou desafiar o decreto da prefeitura foi ameaçado. “Me chamaram no rádio e disseram que o aeroporto estava fechado pela prefeitura, e caso eu continuasse efetuando pousos e decolagens no aeroporto de Maricá, eles iriam impedir dando tiros na aeronave”, diz.
A pedido da equipe do Bom Dia Brasil, um piloto gravou uma abordagem dos agentes da prefeitura durante um pouso no Aeroporto de Maricá.
Funcionário: Vocês estão pretendendo decolar?
Piloto: O senhor é da Anac?
Funcionário: Não, não.
Piloto: Você é da Aeronáutica?
Funcionário: Secretaria de Segurança. O aeroporto está interditado.
Piloto: Por quem?
Funcionário: Pela prefeitura, pela Justiça.
“Os agentes da Secretaria Municipal de Segurança Pública de Maricá, bem como a Guarda Municipal, não receberam qualquer tipo de treinamento especial ou especifico para atuar no aeroporto. Essa atividade de fiscalizar pousos e decolagens não está na esfera de atribuição do município”, afirma o promotor.
A prefeitura de Maricá disse que detém o controle legal sobre as instalações do aeroporto e que a pista vem sendo mantida aberta para pouso. A prefeitura afirmou ainda que a Guarda Municipal recebeu orientação de não entrar na pista, mas que vai manter a van que a gente mostrou bloqueando o tráfego de aeronaves porque o acesso àquela parte do complexo é proibido.
A Agência Nacional de Aviação Civil informou que abriu processo para apurar as denuncias, e que caso identifique condutas que possam causar riscos às operações aéreas, pode acionar o Ministério Público e a Polícia Federal.

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