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quinta-feira, 24 de março de 2011

ROMILDA CAMPOS

Nova dengue ameaça o Rio

Vírus 4 foi identificado em Niterói. Governo aponta risco de maior gravidade e mortes

Rio - A ameaça que há anos assusta especialistas em dengue acaba de se concretizar: o vírus 4 da doença, que jamais circulou no estado do Rio, foi isolado em duas moradoras de Niterói. Segundo a Secretaria estadual de Saúde, as jovens infectadas não viajaram recentemente e, portanto, a transmissão ocorreu no estado, o que indica que o vírus já circula. A descoberta é preocupante porque nenhum dos 15,9 milhões de moradores do estado do Rio é imune ao subtipo 4.



O Ministério da Saúde alerta para o risco de casos mais graves e morte. “A identificação da dengue 4 em Niterói é assustadora. O vírus vai encontrar uma população completamente vulnerável a ele e que já foi infectada pelos vírus 1, 2 ou 3. Quando uma pessoa é reinfectada por outro subtipo, pode ter a doença agravada e o risco de morte aumentado”, afirma o infectologista Edimilson Migowski, professor de Infectologia da UFRJ.

O médico explica que o subtipo 4 não é mais agressivo do que os demais, mas sua presença é um risco porque a segunda infecção por dengue geralmente é mais grave. “Com a chegada do tipo 4, o Rio passa a reunir todos os ingredientes para ter uma epidemia de proporções inimagináveis no fim deste ano. O número de mortos pode ser maior do que na última epidemia”, diz, lembrando da importância de eliminar focos do Aedes aegypti.

Em 2008, quando ocorreu a última e pior epidemia de dengue do Rio, 240 pessoas morreram. Ontem, a secretaria confirmou que sete municípios já enfrentam epidemia da doença: 18 pessoas morreram desde o início do ano. O número é seis vezes maior do que o total de mortes registradas nos primeiros trimestres de 2009 e 2010, somados.

SURTO EM NITERÓI

Segundo o estado, as duas irmãs, de 21 e 22 anos, apresentaram os primeiros sintomas de dengue no dia 6 e estão recuperadas. Uma delas chegou a ser internada. As duas moram no Cafubá, na Região Oceânica de Niterói. “Não precisa haver pânico”, minimizou o secretário estadual de Saúde, Sérgio Côrtes.

Vice-presidente da Fundação Municipal de Saúde de Niterói, Gisela Motta Miranda confirma que Niterói enfrenta surto de dengue. “Fonseca e a Região Oceânica são os locais com mais casos”.

Unidades de saúde não conseguem dizer o que jovem tem

A morte de pacientes com dengue e a dificuldade de diagnóstico preciso têm deixado pessoas com sintomas da doença em desespero. Com febre, manchas vermelhas, dor abdominal, diarreia com sangue, vômito e sangramento na boca — sintomas compatíveis com dengue — a estudante Miriã Rios, 21, está fazendo uma peregrinação em unidades públicas e privadas. Ela já foi internada por duas vezes e teve diagnóstico de rotavírus, dengue hemorrágico e infecção urinária. O calvário começou há 10 dias.

“Nos hospitais particulares, disseram que era rotavírus. No dia 21, fui ao Posto de Saúde Mário Vítor, em Campo Grande. Exames mostraram suspeita de dengue hemorrágica. Fui encaminhada ao Centro de Saúde Belizário Penna, no mesmo bairro, onde recebi hidratação. Estava tão mal que fui de ambulância para a UPA de Senador Camará, para passar a noite no soro”.

Mas da manhã Miriã levou susto: “O médico praticamente me expulsou da UPA, disse que eu estava com infecção urinária, que deveria ir a outro hospital”. Ontem, ela voltou ao Belizário Penna, onde o dignóstico foi infecção urinária. “Os médicos não descartaram dengue. Os sintomas continuam e eu não sei o que faço”, desabafou.

Como O DIA mostrou ontem, em 3 dias duas pessoas morreram no Rio vítimas de diagnóstico tardio da dengue: um idoso e um bebê.

Reportagens de Clarissa Mello, Pâmela Oliveira e Anny Ribeiro

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